Uyrá La Rosa nasceu em Volta Redonda e cresceu na Zona Norte de Niterói, em uma casa marcada pelo som do tambor e pela musicalidade do terreiro. Filho e enteado de percussionistas, formou sua base nos toques ancestrais da Umbanda, no samba e no reggae — raízes que moldam sua linguagem artística.

Estreou nos palcos aos cinco anos com o grupo Quebra Tranca e percorreu uma intensa formação musical: rodas de samba da velha guarda da Viradouro, projetos em Niterói, bateria mirim da escola Virando Esperança e estudos com Eliseu Costa no Instituto Villa-Lobos.

Gravou com artistas como Orlando Julius e passou a integrar a cena dos blocos de rua — como Desce Mas Não Sobe, Bloco 442, Amigos da Onça, Sofridão e Bizu — além de atuar com bandas como Abayomy Afrobeat Orquestra e Gravata Florida.

Desde 2023, conduz o PERCUTE, seu projeto autoral que une vivência de rua, axé, técnica e criação coletiva. Mais que oficina, o PERCUTE é um espaço de pesquisa e invenção rítmica, onde a percussão se afirma como linguagem, pertencimento e potência transformadora.

Com o tambor como guia, Uyrá La Rosa segue em movimento, expandindo possibilidades e experimentações dentro da música.

Rodrigo La Rosa, formado em Licenciatura em Artes, iniciou sua trajetória na percussão aos 12 anos por meio da capoeira. Seus estudos formais começaram na Escola de Música Villa-Lobos, onde cursou percussão erudita. Durante a graduação, mergulhou na pesquisa de folclore e cultura popular, aprofundando-se em práticas percussivas de blocos e cortejos como maracatu, boi, ijexá, candombe uruguaio, samba reggae e samba. 

No campo educacional, Rodrigo aprimorou suas técnicas de ensino musical na Escola de Arte do Brasil e no Conservatório de Música, com enfoque em métodos de música aplicados à educação. Ao longo de sua carreira, tem atuado como arte-educador e professor de percussão em diversas instituições, incluindo escolas, oficinas e ONGs. 

Na área de musicais, seus destaques incluem a participação no premiado Gota D’água (vencedor do Prêmio Shell de Música), de Chico Buarque e dirigido por João Fonseca; Ondeia, uma obra encenada debaixo d’água; e o polêmico Sobre Um, dirigido por Ney Matogrosso. 

Na música, integrou a banda É Com Esse Que Eu Vou, dividindo o palco com grandes mestres como Elton Medeiros, Wilson Moreira, Carlinhos Vergueiro, Seu Jair do Cavaquinho e Délcio Carvalho. O disco da banda, Samba do Baú, com músicas inéditas de Cartola, João Nogueira e Nelson Cavaquinho, entre outros, foi indicado ao Prêmio TIM. 

Rodrigo também é cofundador da banda Abayomy, a primeira banda de afrobeat do Brasil, que teve seu primeiro disco indicado Grammy Latino, e no qual se apresentou ao lado de artistas como Criolo, Otto, Ney Matogrosso, Di Melo, Sean Kuti e Tony Allen. 

Atualmente, Rodrigo continua suas pesquisas e atuações musicais em blocos de rua do Rio de Janeiro, além de se dedicar a produções e oficinas de percussão. Entre suas principais atividades estão: